INCOMPREENSÕES

Me assusta quando vejo pessoas desinteressadas por qualquer conhecimento teológico, quando tudo o que aprenderam sobre sua fé vir apenas da repetição de interpretações oficiais denominacionais, terem um enorme interesse em decidirem quem é quem na sã doutrina.

Não existe teologia como verdade absoluta. 
Existem sim, muitas teologias que formam o cristianismo, razão pela qual existem diferentes cristãos, denominações e linhas teológicas. 
Este conflito teológico vem desde sempre quando, por exemplo, Paulo teve que resolver o problema de alguns quererem ser dele, de Apolo, de Pedro ou ainda de Cristo. Carnalidade para Paulo não era existir diferente pensar cristão, mas sim tornar isto um fator divisor, de guerra entre irmãos.

A INCOERÊNCIA
Ricardo Gondim tem sido sistematicamente acusado de: Liberal, Teísta Aberto, universalista, ecumênico, defensor da causa gay, teólogo da libertação, ateu e outros rótulos que comprovados com “provas convenientes” servem para sabe-se lá o que. 
Quem assim pensa e age, nem se quer se dá ao trabalho de refletir que por si só, os inúmeros rótulos deveriam demonstrar que há algo incompreendido. 
É possível alguém ser tantas coisas ao mesmo tempo? Não seria melhor pensar que outra coisa estaria sendo dita? 
Dizem que suas pregações são excelentes, mas sua teologia não. Um verdadeiro contrassenso, pois toda pregação é fruto de uma teologia. Há quem chegou a dizer que a pregação agrada porque “no púlpito ele mente”. 
Quer dizer, ele ficou rotulado de tal forma que os fatos não servem para nada, apenas os achismos apresentados com cara de verdade. 
O que ele mesmo diz e como ele é não serve para seus opositores como comprovação do que ele crê, mas somente o que opinam sobre ele.

Aquilo que se divulga na internet é usado convenientemente como mais verdadeiro do que a própria vida da pessoa.

O FUNDO DO PROBLEMA.
Por mais que o Gondim diga que crê em Deus, em seu poder, que Deus é o único Senhor, não lhe ouvem. Por que? 
Porque ele afirma que este senhorio não nega o homem e nem impõe seu poder, antes ama e liberta.
Quanto ao controle divino, mesmo sabendo que não há quem de fato tenha uma fé prática em que Deus esteja no controle, pois se assim fosse, não haveria orações, nem crenças em milagres, discordam de seu posicionamento.

Um ataque ilógico e incoerente, mas que junta provas improváveis. Vejamos!

 O TEMA DA HOMOSSEXUALIDADE
Gondim posicionou-se a favor de um estado laico e, portanto, não poderia negar o direito civil da união homossexual, porém a divulgação que ocorreu em sites de fofoca gospel distorceu o fato enfatizando que ele “defende casamento gay” ou ainda que “Gondim apoia a PL122”. 

Neste tema ainda, surgiu a ideia do deputado Jean em fazer uma moção de aplauso ao Frei Betto por um texto que escreveu e alguém sugeriu que fizesse também ao Gondim, tendo em vista a perseguição contra ele por se posicionar a favor do direito dos homossexuais à uma união civil. 
Adivinhem qual foi a divulgação da fofoca com cara de notícia? 
Que o Gondim receberia a moção por apoiar a causa GLBT.

A VOLTA DE CRISTO
Em um vídeo divulgado na internet, o Gondim apresenta de maneira breve e genérica as diferentes linhas teológicas, ou modelos da escatologia, e coloca uma “novidade”, pelo menos para os paupérrimos leitores do movimento evangélico brasileiro: uma pequena parte da teologia do alemão Jürgen Moltmann.

CONTEXTO DO RACIOCÍNIO
Como não há possibilidade de se tecer comentário sobre uma teologia, sem colocá-la em seu contexto, é importante perceber mesmo que superficialmente, quais as pilastras desta teologia. 

Moltmann teve seu encontro com Cristo como prisioneiro de guerra quando lhe entregaram um N.T. com Salmos. Ele sofria horrores e profunda vergonha do que sua nação, a Alemanha, fizera. 
Dedicou-se aos estudos, e não se conformava com a “Igreja Estatal” que para ele, inviabilizava o cristianismo e demonstrava um ateísmo dentro do cristianismo. 
Dentro disto, viu que um grande problema do “cristianismo confessional” era de uma escatologia que negava a felicidade para o humano agora, remetendo-a somente ao futuro e tornando a fé somente teórica. 

Em suma, sua conclusão sobre a teologia foi de que ela tem que ser construída à luz de seu objetivo futuro. 
Escatologia não deve ser o seu fim, mas o seu começo. 
Para Moltmann, criação e escatologia dependem um do outro. Existe um processo contínuo de criação, Deus não foi só o Criador, Ele é. 
E por fim, a consumação da criação consistirá na transformação escatológica da criação para a nova criação. 
Quer dizer, Moltmann não nega um fim, mas busca ler o texto em seu sentido prático e de seu propósito – para o que a revelação foi dada, e isto a partir da ressurreição de Cristo. Ele se esforça em transferir a Revelação para a ação, pois para ele a fé não é a-histórica, mas a história é a Revelacional. 
O objetivo da revelação, portanto, é colocar o cristão como um cristão no mundo.

Voltando ao vídeo, depois que o Gondim apresentou o modelo conhecido e chamou a atenção para o que este modelo, ou ainda teoria sobre o fim, (se não fosse teoria não existiriam muitas), tem causado na prática de fé, que é a negação de uma ação cristã no mundo, propôs a escatologia da esperança de Moltmann, pois ela coloca em ação a revelação. 
Em dada altura do vídeo o Gondim disse que a ideia seria sair de um modelo, mas não jogar fora o outro e ainda lança uma retórica do para que serviria este modelo de Moltmann, respondendo que tem por objetivo demonstrar o Reino hoje.

Em outras palavras, um convite para se compreender o tema Volta de Cristo em duplo sentido: 
Um fim que além de ser fim, serve como modelo daquilo que devemos realizar. 

Interessante a rejeição deste modelo, já que o mesmo utiliza-se das mesmas ferramentas teológicas usadas no outro. 
Qualquer pré-tribulacionista para fazer valer sua teoria escatológica, lê a Bíblia em duplo sentido: 
Algo que de fato aconteceu serve de modelo profético para aquilo que virá. 

Pois, pergunto qual o problema de se ler algo que virá como modelo daquilo que deve acontecer? 
A teologia de Moltmann propõe outro modelo, que convoca a uma prática de fé.
Mas qual a divulgação?
Que para ele a volta de Jesus é fictícia!!!

ESCATOLOGIA OFICIAL?
E demais a mais quem elegeu a escatologia compreendida no Brasil como a verdade oficial divina? 
A história revela diferentes compreensões e interpretações para a Bíblia e isto nunca descaracterizou o cristianismo. 
Já se considerou Eclesiastes como a insanidade de Salomão. E quanto a Lutero que recusava a carta de Tiago como um livro inspirado?

BREVE RELATO HISTÓRICO:
No início do século XIX John Nelson Darby, depois de ordenado pela igreja da Inglaterra repudiou-a para esperar a volta de Cristo e se uniu a um grupo puritano de Irmãos, que em 1830 formaram os irmãos Plymounth. 
Suas ideias não foram bem recebidas pela igreja da Inglaterra onde não obteve muito sucesso, mas extremamente bem recebida e difundida nos Estados Unidos.

Ele escreveu 32 volumes que estruturaram os pré-milenaristas. 
Ele afirmou que Deus lida com a humanidade em fases específicas. Desta maneira o relógio do tempo parou com a crucificação e ressurreição de Jesus - primeira fase, e o arrebatamento - segunda fase, faria com que o relógio do tempo voltasse a funcionar. 
Disto se seguiria a tribulação, o Armagedom e aquele restante que normalmente se aprende na Escola Bíblica Dominical.
Ele insistiu em algo que a Igreja jamais admitiu: a Bíblia precisava ser lida literalmente. Se a Bíblia é Palavra de Deus, e sua palavra é profecia, e é orientadora para casa pessoa, nada demais fazer de sua leitura uma “bibliomancia”. 
Nasceu assim o lema de que a Bíblia nunca erra, mas seus intérpretes sim
Aqui cabe a pergunta: 
Crendo desta maneira não é contraditório acreditar em intérpretes?   
Ou ainda acreditar em quem faz afirmações categóricas de suas interpretações? 
Se sim, discordar de qualquer interpretação em nome da sã doutrina não faz o menor sentido.
É Darby que trás para o contexto cristão o tema de arrebatamento, fator deflagrador do fim com o início da Grande Tribulação, inclusive acreditando que se daria antes de morrer em 1882
Incorporado por Scofield que em sua Primeira Bíblia de Referência explica esta teoria detalhadamente. 

Assim esta interpretação foi recebida no século XX no Brasil como oficial.

O PROBLEMA EM SI
Qual o pecado do Gondim? Não crer? Não! Seu pecado é pensar diferente.
Qual o pecado de seus detratores? Não querem ler, entender e nem ouvir. Tudo é pretexto.

No fundo não é por causa do que se pensa, é o inconsciente coletivo religioso que criou a necessidade de se ter um inimigo ou este tipo de fé não sobrevive. 
Ouso afirmar que se houvesse possibilidade de se comprovar que o diabo não existe, as igrejas esvaziariam, pois este tipo de cristianismo não se desenvolve no amor, mas na guerra.

Não vejo nenhum problema naqueles que se dedicaram aos estudos, conheceram as diferentes linhas teológicas, para não chamar de teorias, e fizeram sua escolha sobre onde apoiar sua fé. 
Mas considero uma grande insanidade e maldade considerarem que suas escolhas são a verdade absoluta, colocando qualquer pensamento diferente como heresia ou anticristã. E pior ainda, cheios de textos bíblicos incitar os que ignoram estes assuntos contra os que não escolheram as mesmas teorias. 

Independente da linha teológica, nada mais anticristão do que incitar um contra o outro.

Eliel Batista

Comentários

  1. ..."nada mais anticristão do que incitar um contra o outro"...sem sombra de dúvida, e que Deus continue dando forças e sabedoria ao pr Ricardo para atravessar esse momento de ataques sem sentido e sem fundamento.

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  2. ..."nada mais anticristão do que incitar um contra o outro"...sem sombra de dúvida, e que Deus continue dando forças e sabedoria ao pr Ricardo para atravessar esse momento de ataques sem sentido e sem fundamento. (agora, identificada...)

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  3. Jesus ensinou a resposta do silencio...acho que ele queria dizer..."nao vale a pena responder nao enterian"

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  4. Essa história de distorcer de forma maldosa, ou tirar as palavras dos outros do contexto, é praxe (infelizmente), entre os evangélicos.

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  5. Há alguns dias registrei em meu twitter que os pensamentos de @gondimricardo deveriam ser interpretados e não literalizados, disse também que os pensamentos dele estavam além da capacidade de compreensão do fanatismo religioso. Seu texto demonstra claramente a interpretação da coerente linha de raciocínio do nosso querido pastor. Só tenho a dizer Parabéns! Clayton Bispo

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  6. Sou suspeita para falar...Mas, texto lúcido, muito bom e verdadeiro! Parabéns.

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  7. Excelente o texto, só fiquei confuso e com a vista embaralhada por causa do texto branco com o fundo preto... é cansativo... só uma dica...
    :)

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  8. Não conseguimos ser referenciais nesta geração por desobediência; a principal: "amar uns aos outros". No NT encontramos 25 mandamentos de reciprocidade que promovem relacionamentos saudáveis e significativos; há alguns que protegem os relacionamentos: "Não julgai uns aos outros" - ocorre a partir de pensamentos; outro: "não murmurais uns dos outros" - se dá na intimidade com pessoas que confiamos; depois, "não falais mal uns dos outros" - já se torna público o juízo; e por fim, "não vos mordais e devorais uns aos outros" - deprecia-se e trabalha-se contra para prejudicar e destruir o próximo. Finalmente, é lastimável o estado carnal da igreja brasileira. Que Deus tenha misericórdia de nós!

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  9. Muito bom e esclarecedor esse texto!
    Às vezes me deparo com fundamentalistas usando de seus argumentos, embasados na verdade (até aí, tudo bem).
    O problema é justamente "...considerarem que suas escolhas são a verdade absoluta, colocando qualquer pensamento diferente como heresia ou anticristã".

    Grande abraço!

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  10. Tá certo, vcs. estão corretíssimos e todo o mundo errado. Vc. é um discípulo do gondim, não poderia pensar diferente, pois o mal se espalhou em vc.

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  11. Gosto de contrapor idéias, mas de forma nenhuma guerrear e difamar alguém. Portanto, seguindo seu exemplo, gostaria de seguir por partes, mas sem difamações, sem palavras de baixo calão ou qualquer tipo de desrespeito.

    Primeiro: A questão da União Civil Homoafetiva.

    Segue a frase do Pr. Ricardo na entrevista:

    "E a igreja deve entender que nem todas as relações homossensuais são promíscuas".

    Ora, se a Igreja entender que há relações homoafetivas pautadas na fidelidade entre os parceiros, então essa relação não deverá ser considerada pecado? Isso é bíblico?

    Agora eu lhe pergunto, o que tem essa afirmação haver com a discussão sobre o estado laico e a religião?

    Cabe entendermos que, mesmo não havendo promiscuidade, o homossexualismo não é uma opção saudável e correta, e isso sim é bíblico. Interpretações diversas podem nascer de afirmações nebulosas e polêmicas, e nem por isso devemos considerar "burros" aqueles que não chegaram a conclusão que gostaríamos (me sinto rotulada de burra toda vez que alguém afirma que eu não entendi).

    Segundo: A questão da volta de Jesus.

    Mas uma vez a forma como nos expressamos pode nos condenar. Conheço a obra de Moltmann e, assim como o senhor, entendo que a intenção do autor é fazer com que a escatologia seja mais do que uma expectativa passiva e torne-se uma força motivadora. Contudo, como posso estar motivada se a esperança da volta de Cristo for utópica? uma miragem?

    Não sou dispensacionalista e muito menos pré-tribulacionista, mas a Bíblia demonstra em vários textos que os cristãos primitivos entendiam a volta de Cristo como uma promessa que se cumpriria literalmente em seus dias, e não um horizonte utópico. E foram esses mesmos cristãos primitivos que escreveram o N.T., nossa regra de fé. Eles criam na volta de Jesus sem com isso se tornarem apáticos. Clamavam maranathá e trabalhavam para transformar o mundo mais próximo possível do Reino de Deus escatológico.

    Portanto, uma coisa (o verdadeiro serviço cristão) não precisa excluir a outra (a volta de Jesus na história).

    Nisso tudo eu aprendi que incompreensão e intolerância é um mal que aflige ortodoxos e hereges.

    Sei que não vai adiantar dizer isso mas, mesmo não concordando com as afirmações do Pr. Ricardo, eu o respeito muito. Sua bagagem intelectual e teológica é indiscutível. Continuo a ler seus textos, até porque temos que provar e reter o que é bom e edificante.

    Um abraço e me desculpe qualquer coisa.

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  12. Olá Nilson,
    Muito obrigado pelo seu comentário.
    Em poucas e objetivas frases você comprovou o que tentei demonstrar com meu texto: julgamento sumário, tirado de contexto e falta de compreensão do que se diz.
    Você não me conhece e no entanto é capaz de dizer que não sou capaz de pensar por mim mesmo, que o mal me contaminou.
    Sem falar que se posicionou exatamente como denunciei como anticristão: defender um posicionamento como verdade absoluta, lógico que fez ironicamente.
    Obrigado, você ajudou muito.
    Pena que é um caminho tão destruidor.

    Ah sim, gosto de andar com pessoas éticas, sérias, honestas e dignas como o Gondim. Quisera outros se inspirassem nele.

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  13. Olá Paula,
    Obrigado pela sua participação.
    Creio que suas colocações trazem questionamentos de muitas pessoas
    Meu texto não visa defender um posicionamento teológico, mas diante de suas indagações, procurarei responder. Farei isto na segunda

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  14. Pastor Eliel, parabéns pelo site! Tornei-me seguidora agora. E com freqüência lerei os textos e tecerei comentários. Como bem sabe, postei o texto acima em meu mural do Facebook, visando chamar a atenção dos 700 e poucos amigos do grupo, sendo grande maioria ligada ao ramo editorial, jornalistas, fotógrafos e, importantes sociólogos (na maioria ateus) e também como irmãos de outras denominações. Fiz isso porque, dentro do que eu posso, quero também cortar esta difamação pela raíz. Dou graças a Deus por ter usado você, como um instrumento, através de palavras tão sábias escrever este texto esclarecedor. Que Deus esteja abençoando sua vida ricamente. Minhas orações estão voltadas ao Pr. Ricardo Gondim, por quem tenho grande respeito, estima e grande carinho. Fui ovelha dele, conheço e assim como o Ministério, sério e comprometido em propagar a palavra de Deus. Aproveito para deixar o meu grande abraço, no amor de Jesus! Denise Navas

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  15. Paula, fantástica sua colocação, fiquei aliviada, pois penso exatamente como vc e estava preocupada comigo mesma, até que lí seu comentário e sobre mim pairou a paz! Que é o árbitro do meu coração...Louvado seja o Senhor pelo seu equilíbrio e sensatez...

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  16. Anônimo5:56 PM

    Paz Pr.Eliel.
    Tive o privilégio de ser pastoreado por você, na Vila das Belezas e por isso não posso concordar com algumas pessoas que dizem que você não pensa por si e sim pelo pr. Ricardo.Isso é ser ignorante e não reconhecer a diferença entre pessoas. Tambem é injusto o que fazem com o Pr. Ricardo distorcendo e acrescentando algo que não falou, como no video de escatologia.
    Mas o que questiono não é o fato das pessoas não conseguirem usar seu intelecto e pensar, deixando de serem presepios de lideres descompromissados com a palavra de Cristo.
    Veja um exemplo:
    Recentemente estava em uma convenção, onde tinha algumas pessoas que conhecia, elas cantaram, choraram, falaram que Jesus está voltando,mas ao descer do altar ignoraram meus cumprimentos de "a Paz do Senhor", ora se pregam que Jesus está voltando, porque não passam a agir como crentes de verdade e param de ser "justiceiros de Cristo", matando todos os que pensam diferente delas. Será uma nova inquisição e essa nova seria a Gospel?
    que Deus contnue te abençondo Pr. Eliel. E que Deus te forças ao Pr. Ricardo e a igreja Betesda diante desta perseguição injusta.

    Glória somente a Deus!

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  17. A PAZ DO SENHOR A TODOS!
    EU PARTICULARMENTE, TENHO OUVIDO VARIOS E VARIOS IRMÃOS QUE ADMIRAVAM O PR. RICARDO, RECLAMANDO E SE DIZENDO "DESILUDIDOS" E ATÉ MESMO "TRAIDOS", PELO QUE LERAM ULTIMAMENTE, OU SOBRE SEUS POSICIONAMENTOS SOBRE ESTES ASSUNTOS. BEM, O QUE EU ACHO É QUE CADA UM TEM O DIREITO DE ACREDITAR OU NÃO, APOIAR OU NÃO EM DETERMINADA CAUSA. DE TUDO ISSO ISSO QUE ESTAMOS VENDO, ESSA "CONFUSÇÃO TEOLOGICA", BASEADA TAMBEM EM POSICIONAMENTOS DE PESSOAS QUE NEM ESTÃO MAIS ENTRE NÓS, GRUPOS QUE APOIAM ESSA OU AQUELA IDEIA,ME FAZ LEMBRAR DE ALGO QUE ESTAMOS ESQUECENDO; ...ENQUANTO UNS DIZEM QUE SÃO DE PAULO, OUTROS DE APOLO, OU ATÉ MESMO DE PEDRO..., NÃO ESTARIO O INIMIGO DISSEMINANDO AOS POUCOS A DISCORDIA ENTRE TODOS NÓS !!!??? O NOSSO AMOR FRATERNAL COMO IGREJA DE CRISTO QUE SOMOS, NÃO ESTARIA REALMENTE ESFRIANDO !!!???
    CUIDADO PARA QUE NÃO VIREMOS TORCEDORES, COMO TORCEDORES DE FUTEBOL; ORGANIZADOS NO NOME MAS DESORGANIZADOS E CONFUNDINDO A TODOS. A BIBLIA DIZ QUE TEMOS QUE SER "SIM" OU "NÃO". TEOLOGIZAR TUDO É MEIO PERIGOSO.ESPIRITUALIZAR TUDO TAMBEM, POIS SOMOS HUMANOS...
    DE TUDO QUE NÓS OUVIMOS, PENSAMOS AGIMOS, FALAMOS E PRINCIPALMENTE "EXPOMOS"; O FIM É... AMAI A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PROXIMO COMO SE FOSSE VOCÊ MESMO !!!!!!
    GRANDE ABRAÇO A VOCÊ ELIEL E RETRANSMITA OUTRO AO PR. RICARDO...
    Heleron Meris

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  18. Olá Simone

    Que bom saber que eu não sou apenas uma voz solitária e que outros compartilham da mesma opinião. Acredito que muitos outros pensem assim, mas preferem calar-se, ou mesmo fingir que concordam. Conheço inclusive muitos membros da própria Betesda no Ceará (não posso falar por São Paulo) confusos e se sentindo realmente traídos com certas colocações. Que bom seria se esses também se manifestassem.

    Que o Senhor possa colocar em todos nós mais equilíbrio e sensatez.

    No mais, ainda aguardo as respostas prometidas pelo Pr. Eliel para hoje.

    Abraços

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  19. Olá Paula,

    Conforme disse, agora estou com acesso a um computador então posso pelo menos tentar esclarecer alguns pontos.

    Primeiro repito que meu texto não propõe teologia A ou B, mas apenas o que ocorre.
    Isto posto, colocarei como entendo:

    Quanto a declaração do Gondim sobre a igreja entender que nem toda relação “homo” é promíscua:
    Todo o contexto da entrevista gira em torno de “Brasil Evangélico”, portanto está implícita uma abordagem legal. Nenhum texto ser lido fora de contexto é mote dos intérpretes, portanto, a igreja precisa entender que legalmente o fato de uma relação ser homo ou hétero não é o que configura a promiscuidade.
    Desculpe-me, mas isto pelo menos para mim está claro, pois ele antes de dar a consideração faz uma afirmação: “que suas convicções de fé não podem” servir de parâmetro para as leis. Logo, não está falando da fé, mas de como a Igreja deve se comportar diante do estado e o estado com as suas diferentes realidades sociais, da igreja e dos que não são da igreja ou antagônicos à ela.

    Quanto à volta de Cristo, o próprio Gondim escreveu um texto que está em seu site, você pode dar uma lida,(http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=1853), mas aqui coloco minhas observações.

    De fato, como você disse, “uma coisa não exclui a outra”. Nisto já estaria resolvido, pois meu texto diz exatamente isto.

    Quanto á afirmação de que os discípulos de Jesus a 2.000 anos atrás esperavam a volta de Cristo para seus dias, é suficiente para aprendermos que:

    - devemos aguardar a volta de Cristo.

    - que ele não veio “literalmente” para os discípulos que aguardavam “literalmente” para os seus dias.

    Por isso, sobre a fé na Volta de Cristo só sabemos que nada sabemos> Paulo e Jesus disseram: “será como ladrão”, portanto ninguém sabe. Logo, o que temos é apenas esperança na manifestação de Cristo, que é a recomendação da fé cristã desde seus primórdios, no mais são tantas especulações que dá margem para se ter diferentes teorias.

    O espaço aqui é curto, e o tema complexo, pois no fundo não se trata de Volta de Cristo, mas de interpretação.

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  20. Nilson Duarte,

    Você postou mais dois comentários, mas não os tornarei públicos.

    Não tenho receio e nem filtro comentários que sejam opiniões contrárias, ou críticas aos textos e ao meu blog. Admiro muito a inteligência das pessoas e bons argumentos. Me sinto desafiado. Você pode ver em outros posts comentários os mais diferentes.

    Mas infelizmente não é o que trata os seus comentários. Eles não criticam o blog, o texto e nem a teologia, mas apenas destilam fel contra pessoas, falam coisas sem fundamento e demonstram que ou não leu o artigo, ou não entendeu, e faz isto com muita maldade.

    Se você tem problemas pessoais a serem resolvidos com alguém ou com alguma denominação siga a recomendação bíblica: procure-os.

    Como disse, você não me conhece e tece opiniões de como penso e como sou.

    Na verdade publicar seu comentário iria apenas expor você ao ridículo, principalmente aos meus leitores, meus alunos, minhas ovelhas, enfim, a quem de fato pode dar opinião a meu respeito, porque você não trás uma frase argumentativa ou de arrazoamento, mas somente destila fel.

    Sinto muito se sua experiência com sua igreja tenha sido através de papagaios teológicos, incapazes de pensar, isto é muito triste, mas esta não é a minha experiência com a minha igreja. Desde sempre, há 20 anos, sou desafiado a pensar, a não me acomodar a uma teologia pronta,mas fazer uma caminhada teológica diária e a ser relevante para a realidade que estou inserido.

    Caso, tenha críticas pertinentes e fundamentadas, mesmo que opostas, publicarei com satisfação, pois gosto de desafios inteligentes.

    ResponderExcluir
  21. Olá Pr. Eliel, Boa tarde

    Obrigado pelos posicionamentos.

    Quanto a questão da volta de Cristo, já havia lido durante a semana que passou o texto do Pr. Ricardo e acho que ele corrigiu algumas colocações que ficaram "dúbias".

    Porém, quanto a questão da entrevista, continuo achando que a colocação foi errônea. Vou tentar me explicar colocando que resposta eu daria a pergunta:

    CC: O senhor(a) é a favor da união civil entre homossexuais?

    Paula: O Brasil é um país laico e como tal não constrói suas leis a partir de qualquer convicção religiosa. Como cidadã entendo que os homossexuais, assim como eu, pagam impostos e precisam ter garantidos os direitos comuns aos cidadãos, independente da opção sexual. Mas como não estou sendo entrevistada como jurista ou advogada, mas como pastora, preciso defender a unidade familiar posta na Bíblia, que é entre homem e mulher, e é nisso que eu acredito.

    Onde caberia na pergunta qualquer colocação acerca de promiscuidade?

    Não é uma questão de homofobia, mas de crença.

    Desculpe pastor, mas continuo achando uma frase fora de contexto e que dá cabimento para todo tipo de interpretação, inclusive a minha.

    ResponderExcluir
  22. Olá Paula,

    Quando a gente quer o melhor, gosta da pessoa e vemos que alguma coisa trouxe problema, logo buscamos meios de ver como poderia ter sido feito para que ficasse bonito.
    O próprio autor de textos ou discursos também conclue que poderia ter feito de outra forma.

    É bom isto.

    E como você disse: "a frase está fora de contexto", na verdade ele a contextualizou, mas nossas leituras que as vezes descontextualiza.
    Na própria resposta o Gondim diz que o significado de promiscuidade, não está estritamente ligado a relacionamento sexual, seja homo ou hetero.

    Eu particularmente não vi problemas na entrevista e nem necessidade de esclarecimento, mas diante de tantas interpretações, o Gondim esclareceu para a igreja.

    Não vi problemas pelo contexto do texto e mais ainda, pelo contexto do entrevistado: um pastor cristão, com conteúdos cristãos e com excelente diálogo com a sociedade, dando uma entrevista para uma Revista não confessional.

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  23. Pastor Eliel,

    Compreendemos os ensinamentos do Ricardo Gondim, faz todo sentido do mundo. Somente não enxerga quem de fato não quer. Tenho certeza que os criticos defendem muito mais a instituição religiosa do que o cristianismo.

    Engraçado o desespero de outros em combater e extirpar do meio evangélico, qualquer pensamento contrário ao modelo atual, onde o líder poderá perder seus argumentos de manipulação da massa. Mas engraçado é que se esquecem dos textos tão usados para livramentos e demonstração de força e poder:
    - Nada prevalece contra a igreja;
    - O que é de Deus permanece;
    - As portas do inferno não prevelecerão;
    - Não por força, mas pelo PODER do meu espirito;
    - A igreja não é dos homens, mas de Deus, por isso não será abalada;

    Oras, porque agora se esquecem destas frases, se as dizem com tamanha fé ? Se levantam irados e agressivos ? Será que creêm nas frases acima mais têm dúvidas ?

    Tenho certeza que o Pastor Ricardo é muito mais forte do que as críticas pesadas que fazem a ele.

    Muito esclarecedor seu texto.

    Robson
    São Bernardo

    ResponderExcluir
  24. Eliel,

    Acredito que os pensamentos do Ricardo estão alguns anos na frente da sociedade evangélica. Esta sociedade marcada por interesses próprios e da instituição. Óbvio que qualquer coisa que possa atrapalhar a estrutura montada, deve ser combatida ferozmente.

    Ainda bem que já me libertei deste sistema religioso e de desamor ( ou amor falsificado ).

    Hoje me sinto muito mais cristão do que os últimos 30 anos. Entendendo mais sobre o amor de Cristo fora da caixa fechada do evangelho mitológico.

    Abraço
    Robson
    SBC

    ResponderExcluir
  25. EXCELENTE TEXTO E EXPLICAÇÕES PASTOR ELIEL.
    INCRÍVEL COMO AS PESSOAS ESTÃO DEIXANDO DE PENSAR E REFLETIR, TEMOS QUE TER MUITO CUIDADO COM ESSAS "FOFOCAS MIDIÁTICAS" E DISTORÇÕES QUE TENTAR IMPOR E FAZER COM QUE SEJAM "VERDADES".
    PARABÉNS...QUE DEUS PROTEJA E ABENÇOE CADA VEZ MAIS O SR E A TODOS NÓS....

    ResponderExcluir

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