Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2006

GAIOLA DA FÉ

Pacientemente, graças à internet, li centenas de depoimentos de gente decepcionada em pertencer a uma igreja. Tentei entender os motivos das frustrações e descrenças. Entre várias dezenas de desencantos institucionais, também havia um ou outro repúdio total à fé cristã. Generalizada maioria não perdeu a fé. Cresceu e paradoxalmente encontra-se perdida. No fundo desacredita do ser humano. Deixam suaves pistas que incluem a si mesma. Alguns se atreveram a dizer onde estão e o que procuram. Pude perceber que desejam um lugar despretensioso e que não se intrometa em suas vidas. Intromissão neste caso, designada de policiamento ou legalismo. Optaram por grupos nominalmente informais, mas com todas as formalidades encobertas pela inexistência de cobranças ou intervenções de ninguém sobre si. Para uma geração que usa camiseta-slogan, “ quanto mais conheço o ser humano mais amo meu cachorro ”, esse tipo de fé distante do outro não se estranha. A falta de mutualidade na igreja, cria uma ambiênc

CRISTO É SENHOR

As escavações arqueológicas localizaram em uma parede, alguns rabiscos que representavam um homem com cabeça de burro ajoelhado diante de uma cena de crucificação com a seguinte inscrição: “ Agamenus serve ao seu Deus ”. Esta inscrição feita por algum zombeteiro na época da grande dispersão da igreja em Jerusalém, revela alguns pontos teológicos bastante intrigantes. A principal, vem da dificuldade em olhar para Jesus de Nazaré, o filho do carpinteiro, morto desumanamente e reconhecê-lo Deus. O conceito sobre Deus por demais elevado não permite rebaixá-lo. A pergunta que Jesus fez em particular a seus discípulos concede-nos vislumbrar a grande dificuldade de seus contemporâneos: - “ Que dizem os homens que eu sou ?” As respostas vindas do povo eram confusas. Reconheciam algo de especial, mas não concebiam a profundidade do que viam. Os religiosos dubiamente se incomodavam. – “ Com que autoridade ele faz estas coisas ?” Os próprios discípulos confusos exprimiram. Afinal, “ quem é este

JUSTIÇA

Fico assustado ao ouvir a divulgação dos altíssimos índices de violência e criminalidade em nosso país. Vivemos nos conformando com a " pizza " no final de cada denúncia. Mas isto parece tornar-se o padrão. Cada vez mais vemos isto, e imagino que seja pela impossibilidade da Lei em usar o bom senso a fim de ser justa. Gosto muito de assistir filmes de investigações e julgamento. Ultimamente tenho visto um seriado Law & Order . Interessante observar as barreiras que os promotores públicos têm em condenar um criminoso. Todas as evidências apontam para o réu, porém por alguma questão legal a prova fundamental não pode ser usada, e assim o criminoso sai em liberdade, e algumas vezes com direito de exigir indenização do Estado. No Brasil, isto parece normal, não uma exceção. A minúcia da Lei levada ao pé da letra facilita o escape dos infratores, mas injustamente "beneficia" somente os que conseguem se proteger nas riquezas. A justiça fica com o braço curto. A promot