De Pai para Filho
Este mês meu filho completou mais um ano de idade. Não é mais um aninho. São vinte e dois. Lembro-me da mãe, a Gi, olhando pela janela da maternidade como se tentasse encontrar o horizonte. Parecia querer descobrir como seria o amanhã, daquele bebê de olhos escuros e cabelos quase negros, que docemente dormia. Hoje, a maneira como ele cresceu foi a de um herói. Filhos são assim! Se esforçam, desdobram, lutam, vencem e nós os pais nos sentimos os tais, como se o mérito fosse nosso. Por outro lado, se fracassam a gente se sente culpado. E eles? Tem mérito próprio? Com o Bruno aprendi o básico da vida. Cada ser é o que é, por si, na relação com o outro. Que a grande “sacada” paternal é abrir espaço para crescimento. Aprendi que, apesar de Pai, eu não estava ensinando, mas aprendendo. Que minha responsabilidade era de nutrir e não de moldar. Tentei ser um bom pai e entreguei-me totalmente, não o quanto deveria, mas o quanto pude. Apesar do esforço, não sei afinal se consegui, penso q...