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Mostrando postagens de 2010

2011 Entre coração, palavras, talentos e ações

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Eu poderia falar coisas usuais das datas como esta que estamos vivendo. Usar a “copiatividade” e escrever em outras línguas, usar vocabulário rebuscado ou versátil e assim por diante. Neste caminho de desejar felicitações, alguns consideram que basta dominar o vocabulário, o que é uma questão de inteligência, que por sinal todos a possuem e podem desenvolvê-la. Deter o vocabulário é uma coisa, mas saber aplicá-lo requer sabedoria. Nisto um ou outro se destaca. Agora, harmonizar coração e palavras é distinguir e destacar o talento e as pessoas e fazer brotar os aplausos e as alegrias. Alguns sabem harmonizar com tal habilidade que se tornam excelentes oradores, outros poetas. Há ainda os historiadores, os jornalistas, os piadistas... Nesta hora se definem os afetos, a alma e a mágica de expressar-se como se é colaborando com a beleza do mundo. Interessante que muitos não se conformam com seu próprio jeito de expressar-se e querem ser outro com outro dom. Lastimável. Temos histórias r

EU, O ANALISTA E MINHAS LOUCAS ANÁLISES

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Direto ao assunto, no encontro, iniciei: - Doutor, gostaria de saber por que preciso ser ensinado por você, a olhar o meu passado? - Engano seu meu caro! Não ensino. Apenas auxilio. Respondeu ele. - Bem, mudarei a pergunta: Por que preciso de sua ajuda para olhar o meu passado? Como costumeiro, ele não me respondeu, mas perguntou: - Será que sem ajuda você não olharia sempre com o mesmo olhar, e por ser a parte mais intensamente envolvida, não estaria este olhar comprometido? Será que não existe outra forma de se ver e quem sabe mais saudável? Chegando ao ponto do meu interesse prossegui: - Olhar saudável!? Adoecido, meu olhar está comprometido. Pense comigo doutor! Doente ou não, o jeito que vejo é exatamente como vivenciei, experimentei, senti. Ao olhar para meu passado, vejo-o com minhas entranhas e revivo tudo exatamente como foi e esse sou eu. Tentar ver de outra forma, isentando-me de mim mesmo, isto é, dos meus sentimentos como foram, não seria somente diferente, mas eu nã

Então é Natal, Ano Novo e há algo mais?

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Natal é momento de lembrar que a Verdadeira Luz brilhou. Onde havia trevas, Deus trouxe luz. O primeiro Natal está registrado em Gênesis 1 – Disse Deus: - “Haja luz”. No segundo, confirmando a vontade eterna em Jesus de Nazaré, a noite escura se iluminou e os anjos se alegraram. Houve festa porque definitivamente Deus demonstrou em carne, que não há razão para se ter medo e encobrir mazelas, afinal, Deus sempre quis e continua nos querendo bem. Não há porque fugir de si mesmo, nem porque esconder-se nas cavernas existenciais. Deus nos ama e quer Paz na Terra. O ciclo do tempo é uma realidade que influencia a história. Tudo sob sua tutela: as medidas, as realizações, os planejamentos e também a esperança. Marcar datas e dividir o tempo é uma convenção. Há quem diga não ser real, mas isto significa falsidade? O futuro não existe, mas é uma realidade, aliás, sem ele, o presente por causa de sua rapidez não seria percebido. A última letra que acabei de escrever está no passado. A

Pedido de compreensão

Meus amigos que prestigiam meu blog. Tenho postado com bastante lentidão ultimamente porque estou tentando terminar o meu primeiro livro. Isso mesmo, final de janeiro ou início de fevereiro, sai do forno um livro que espero poder ajudar os cristãos em alguns pontos: teologica, liturgica e pessoalmente e além de contribuir para o culto congregacional. Algumas coisas como o relacionamento pessoal com Cristo, o lugar de Cristo na adoração, a comprensão do sincretismo teológigo nos cultos, o papel da arte, o sagrado e o profano. Enfim, comprensões que um discípulo de Cristo precisa para cultuar em espírito e em verdade. Peço a comprensão de voces, mas logo normalizarei o blog. Com carinho

PREPARANDO A CASA DO PAI

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Jesus decide passar suas últimas horas de vida junto com os seus discípulos em uma ceia. Naquele momento ele se desnuda, abre o seu coração e fala das suas tristezas. Ele percebe que seus discípulos estão entristecidos com sua fala e então afirma que aquela tristeza é temporária, mas em breve eles explodiriam de alegria. Desta maneira introduz aquilo que ele considera apaziguador, consolador para os discípulos com as seguintes palavras: " Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar- lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver ” João 14:1-3 . De todos os lugares e recantos do cosmos onde Deus escolheu fazer sua casa? Em nós. Há uma canção de Gerson Borges com o tema “ Hoje é dia de Festa ”, que relata uma grande festa na casa do Pai, onde há abundante alegria. Ela encerra dizend

Este texto é do Bruno

Confessando que se conhece Confesso: sou o culpado. Interessante como lemos aquilo que queremos. Sou culpado por ler diferente ou querer algo diferente. Sempre pensei (ou sempre pensamos) que o passo para tornar-se cristão era "Confessar os pecados". Confesso, peco em querer reler esse "passo". Não sei se fui ensinado ou se me ensinei a imaginar assim, mas quando pensava em confessar meus pecados, imaginava em relatar a Deus ou Jesus ou sei lá quem a lista de falhas cometidas desde o último confessionário. Fantasiava Deus esperando para ouvir palavra por palavra todos os erros cometidos, para daí então, graças ao que chamava de "Graça", esquecer de tudo o que tinha feito. Mas claro, antes eu teria de explicar e reconhecer os feitos. Estava lendo essa semana a Primeira Epístola de João, e me deparei com o seguinte no capítulo 1: "6 Se afirmarmos que temos comunhão com Ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7 Se, porém

Dicas Para Quem Vai Se Casar

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Não sei quantas celebrações matrimoniais já realizei, mas sei que em todas elas há muita expectativa e esperança da felicidade conjugal. A vida a dois não é simples e tão fácil quanto namorar. Ela envolve todo o ser, os sonhos e projetos. Primeira coisa siga o conselho de Carlos Drumond de Andrade a não deixar o amor passar. Depois olhe bem para a pessoa. Olhe enxergando tudo o que ela é, o que faz e como as faz. Tente ver como ela se conecta na vida e às pessoas e responda para você mesmo: “Me disponho a partir de agora a me entregar completamente para que essa pessoa seja feliz? Desejo fazê-la feliz e para isto empreender meus esforços, sentimentos e ações?”. Se sim, esta pessoa é sua amada. Se não, comece de novo. Veja quais os porquês que o impedem de assim decidir. Se for por causa de seus medos do futuro, esqueça esse medo, ninguém tem controle do futuro. Se o medo tem a ver com alguma coisa desta outra pessoa, converse sobre isto, veja se é uma parte tratável, moldável

Angústia...

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Quando Jesus estava na cruz deu um brado de dor: - “Deus meu, Deus meu porque me desamparaste”. Semelhante suspiro todo crente já gemeu. Temos aqui uma encruzilhada teológica. Dialética entre constatação - é fato que sofremos, e frustração - não deveríamos sofrer. Parece-me que o caminho percorrido pela teologia nos últimos séculos, tenta de alguma maneira estabelecer uma resposta fixista que apela para o decreto imperial divino, chamado de vontade de Deus e que devemos aceitá-lo em última instância como fator causal do sofrimento, mesmo injusto. Como se fosse possível sermos mais amorosos e bondosos do que Deus, pois vemos o sofrimento humano, nos compadecemos, mas Deus por alguma razão misteriosa não age em favor da vítima. Dentro desta lógica, não é permitido ao barro questionar o oleiro, pois não entende os desígnios secretos de Deus. Qualifica-se o humano como responsável pelo sofrimento, mas Deus o salvador não é obrigado a salvar ninguém, mas escolhe alguns para proteger ou

Quem intercede por nós?

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Atrevo-me mais uma vez a tentar pensar sobre oração. Aliás, para não correr risco de tentar racionalizar o mistério, prefiro iniciar meu pensamento naquilo que antecede a oração. Se entendermos a oração como uma comunicação entre Criador e criatura, a imagem que fazemos ou temos de Deus influencia diretamente na maneira como oramos. Se para o fiel Deus é um severo juiz, estar na presença dEle causa medo e deixa-o inseguro. E assim por diante. Para uma fé trinitariana, acredito que dentre todas as imagens, a da Trindade é a que mais precisa ser resgatada nas nossas orações, principalmente porque nos dedicamos mais a orar petições e intercessões e nisto está implícito a relação existente entre Pai, Filho e Espírito Santo e como nos comportamos neste meio, pois orar consiste em participar desta comunhão. Jesus nos diz que sua unidade com o Pai é indissolúvel. Ele não veio por si mesmo,( Jo 5:44; 8:42 ) não falou suas próprias palavras ( Jo 7:16 ) e não agiu de sua própria cabeça (

O Tribunal Da Graça - Aliança de Amor

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Paulo em sua carta aos Romanos usa uma linguagem forense. Ele elabora os pressupostos do significado da morte de Jesus a partir dos aspectos legais romanos. Para ele Jesus é o Filho de Deus por direito e os crentes por nomeação, que ele denomina de chamado. Para os romanos estas questões de cidadania e adoção só se resolviam por aspectos legais, razão do uso deste tipo de linguagem, principalmente para um ministro cujo lema “faz de tudo para com todos”. O drama a ser resolvido consistia em dirimir a impossibilidade de um escravo receber a cidadania, pois sua condição existencial jamais lhe permitiria. Para eles somente o imperador era filho de Deus, portanto, todos os demais jamais poderiam receber tal qualificação. Evidente que para se montar a cena de um tribunal não pode faltar a linguagem da punição, pois qualquer execução da lei trata-se exatamente de punir os erros. Mas ao mesmo tempo Paulo precisa demonstrar a sabedoria de Deus em revelar Cristo como o seu amor. Um exerc

Entre desejos e realizações para o Ano Novo

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A passagem de ano nos dá a sensação de posse. Aquela que nos informa que temos a oportunidade de recomeçar. Refazer o que não foi efetivado, o que deixamos de fazer ou os planos frustrados. Nesta época abrimos na consciência a possibilidade de que tudo pode ser revisto na perspectiva de se tentar novamente. Ainda bem que temos esta experiência de passagem de ano. Penso ser este um ritual mítico. O mito de que o tempo passa. Começa e termina em fases possibilitando de alguma maneira misteriosa recompor e também o da existência de pausas que possibilitam brecar o tempo e assim contarmos sua passagem. Também gera a sensação de certo controle. Numa espécie de “bricolagem do tempo” podemos juntar os pedaços e fazer algo mais especial que antes, nos sentimos senhores. Na verdade podemos fazer isto a qualquer hora, em qualquer ponto ou fase de nossas vidas, mas preferimos a passagem de ano. Infelizmente divididos entre o ser e o fazer corremos o risco de nos iludirmos nesta passagem. Relativi