Nossa Igreja e as novas heresias (Desabafo de um adolescente)
(Texto produzido por Bruno Reikdal - 18 anos)
O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: "Veja! Isto é novo!"? Não! Já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época. (Eclesiastes 1:9-10)
Heresia. De acordo com o Dicionário Aurélio:
1- Doutrina contrária à que foi definida pela Igreja em matéria de fé.
2 - Contra-senso, absurdo. Herege de acordo também com o dicionário, o que professa heresia.
Durante séculos, nós, protestantes, cristãos reformados ou até mesmo filhos da Reforma, fomos perseguidos e acusados como hereges por uma Igreja corrompida, sem valores, que buscou apenas conquistar poder através da fé, tradições e dogmas que consideramos errados, e assim o conseguiu.
Mas nós reformadores, protestantes nos mantivemos fortes. Não deixamos a causa, lutamos para mudar a teologia católica vigente na época. Conseguimos! Derrubamos o pensamento opressor que nos tratou como hereges, infiéis e sem temor a Deus e implantamos nossa teologia, revista e voltada para o cristianismo original.
Realmente devemos ser os maiorais. Criamos uma doutrina perfeita, imutável e cem por cento certa.
Chegamos ao cume certo? Não!
A cada dia que passa, percebo que nos tornamos os mesmos perseguidores, opressores, incrédulos e safados que usam da fé para enriquecer, tal qual a castidade da Idade Média.
Vergonha. É o que sinto. Tantos anos de luta, de pensamento, trabalho e inclusive sangue derramado para fazer a diferença e mudar o rumo do Cristianismo em vão.
A semelhança é impressionante. Nossas igrejas vendem bênçãos, prosperidade, ensinam a arrancar de Deus a realização de nossos desejos e o suprimento de nossas necessidades. Trocam rosas por dinheiro com a promessa de quebra de maldição, utilizam amuletos e acessórios que trocados por moedas garantem vida amorosa, financeira e de negócios sempre boas.
É extremamente parecido com a antiga Instituição Igreja.
Já abrimos a caça às bruxas, melhor, aos hereges. Esperamos pastores que pregam uma revisão dos dogmas, doutrinas e tradições religiosas na porta das igrejas com tambores e faixas criticando-os. Atacando-os por meio de textos, Internet, jornais e púlpitos.
Está reaberto o INDEX. Livros proibidos como ameaça à fé.
Ler a bíblia? Pra que? Estudá-la? Não precisa. Os nossos líderes o fazem por nós. Código Da Vinci? Não leia! É herege. Esquecemos que é apenas um romance. Livros do Gondim? Boff? Kivitz? Não! São heresias.
Só falta agora um novo tipo de Missões Jesuíticas para catequizar, melhor, evangelizar os índios, os pobres, em dúvida da fé, os camponeses e as crianças, para que nunca larguem a “verdade”, nossa verdade.
De que adiantou tanto esforço? As idéias de Lutero? A Reforma? De nada se valeram. Voltamos ao que fomos contra. Transformamos-nos em tudo o que repudiávamos.
Qual a solução? Não sei.
Desiludi-me com a Igreja Evangélica.
Desisti de continuar uma caminhada com uma religião hipócrita, falsa, repressora e enganadora.
Se necessário tornar-me-ei um novo tipo de reformado cristão.
Se continuar assim, uma frente cristã sem rosto, maculada e grotesca como fora sua antiga adversária, uno-me ao Ricardo Gondim em não “ser mais evangélico”.
Provavelmente também me chamarão de herege por defender essa idéia do Gondim, mas, se for para ser herege diante dessa realidade da Igreja, terei orgulho de o ser.
O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: "Veja! Isto é novo!"? Não! Já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época. (Eclesiastes 1:9-10)
Heresia. De acordo com o Dicionário Aurélio:
1- Doutrina contrária à que foi definida pela Igreja em matéria de fé.
2 - Contra-senso, absurdo. Herege de acordo também com o dicionário, o que professa heresia.
Durante séculos, nós, protestantes, cristãos reformados ou até mesmo filhos da Reforma, fomos perseguidos e acusados como hereges por uma Igreja corrompida, sem valores, que buscou apenas conquistar poder através da fé, tradições e dogmas que consideramos errados, e assim o conseguiu.
Mas nós reformadores, protestantes nos mantivemos fortes. Não deixamos a causa, lutamos para mudar a teologia católica vigente na época. Conseguimos! Derrubamos o pensamento opressor que nos tratou como hereges, infiéis e sem temor a Deus e implantamos nossa teologia, revista e voltada para o cristianismo original.
Realmente devemos ser os maiorais. Criamos uma doutrina perfeita, imutável e cem por cento certa.
Chegamos ao cume certo? Não!
A cada dia que passa, percebo que nos tornamos os mesmos perseguidores, opressores, incrédulos e safados que usam da fé para enriquecer, tal qual a castidade da Idade Média.
Vergonha. É o que sinto. Tantos anos de luta, de pensamento, trabalho e inclusive sangue derramado para fazer a diferença e mudar o rumo do Cristianismo em vão.
A semelhança é impressionante. Nossas igrejas vendem bênçãos, prosperidade, ensinam a arrancar de Deus a realização de nossos desejos e o suprimento de nossas necessidades. Trocam rosas por dinheiro com a promessa de quebra de maldição, utilizam amuletos e acessórios que trocados por moedas garantem vida amorosa, financeira e de negócios sempre boas.
É extremamente parecido com a antiga Instituição Igreja.
Já abrimos a caça às bruxas, melhor, aos hereges. Esperamos pastores que pregam uma revisão dos dogmas, doutrinas e tradições religiosas na porta das igrejas com tambores e faixas criticando-os. Atacando-os por meio de textos, Internet, jornais e púlpitos.
Está reaberto o INDEX. Livros proibidos como ameaça à fé.
Ler a bíblia? Pra que? Estudá-la? Não precisa. Os nossos líderes o fazem por nós. Código Da Vinci? Não leia! É herege. Esquecemos que é apenas um romance. Livros do Gondim? Boff? Kivitz? Não! São heresias.
Só falta agora um novo tipo de Missões Jesuíticas para catequizar, melhor, evangelizar os índios, os pobres, em dúvida da fé, os camponeses e as crianças, para que nunca larguem a “verdade”, nossa verdade.
De que adiantou tanto esforço? As idéias de Lutero? A Reforma? De nada se valeram. Voltamos ao que fomos contra. Transformamos-nos em tudo o que repudiávamos.
Qual a solução? Não sei.
Desiludi-me com a Igreja Evangélica.
Desisti de continuar uma caminhada com uma religião hipócrita, falsa, repressora e enganadora.
Se necessário tornar-me-ei um novo tipo de reformado cristão.
Se continuar assim, uma frente cristã sem rosto, maculada e grotesca como fora sua antiga adversária, uno-me ao Ricardo Gondim em não “ser mais evangélico”.
Provavelmente também me chamarão de herege por defender essa idéia do Gondim, mas, se for para ser herege diante dessa realidade da Igreja, terei orgulho de o ser.
Ué,
ResponderExcluirTrocou a cara do blog. Ficou sisudo e com cara de "reformado" eh, eh
um abraço
Sr. Anônimo,portanto pouco merecedor de atenção.
ResponderExcluirParece-me que você não entendeu o propósito do blog, não leu até o fim.
Por outro lado, não conhece a história da Betesda. Ademir Siqueira não fundou a Igreja Betesda, ele iniciou um missão vinculada à Assembléia de Deus da Aldeota para evangelização dos médicos. Depois de 08 meses faleceu trágicamente.
Portanto, aquilo que se conhece da Betesda é sua história de 27 anos sob a liderança de Ricardo Gondim.
Tudo aquilo que vem à mente das pessoas quando se fala em Betesda, é fruto do trabalho e esforço de um grupo de pessoas sob a regência de Gondim.
A única coisa que o Ademir deixou foi uma visão e esta está preservada até hoje.
Quanto ao credo, ele é igual a qualquer porta aberta com placa de evangélica e nisto a Betesda é diferente, basta ver sua visão, missão e valores.
usar o nome de alguém que já morreu e em proporção de tempo não fez o dízimo da história, é mais parecido com espiritismo do que cristianismo.
pare de tentar ganhar as pessoas pela emoção, e use um coração que teme a Deus, sem rancor, sem gana de ganhar.
A auto-crítica é uma alavanca para o crescimento, sob o meu ponto de vista.E o texto do Bruno foi uma auto-crítica, reflexão do que tem sido a movimento protestante, principalmente e mais especificamente no Brasil, que, como ele mesmo colocou, tornou-se contraditório.
ResponderExcluirEspero que a Betesda, bem como seus líderes legímitos, possam continuar buscando essa contra-cultura, até dentro da atual “cultura” evangélica. Não podemos falar num movimento homogêneo.A proposta de Lutero visava acabar com a impessoalidade do cristianismo e eliminar a necessidade de uma Igreja entre as pessoas e Deus.Mas a conclusão é que hoje, sob a justificação de que eu posso me relacionar diretamente com Cristo, cada um parece criar a sua própria leitura das Escrituras e interpretá-la à sua vontade.Daí surgem hereges.
Só que o que temos visto da Betesda, é o contrário, uma luta contra isso.Como comunidade, como humanos, podemos falhar e não somos donos da verdade.. Mas enquanto existir em nosso ventre pessoas que não conseguem se calar diante da impunidade, pessoas, como o Bruno, que conseguem olhar para si e reconhecer atitudes indignas, pessoas como o Pastor Eliel no texto anterior, que se mantém leais ao que acreditam até o fim, apesar de qualquer coisa, e mantém sempre humildade, reconhecendo e agradecendo aos que nos lapidam a cada dia... Enquanto encontramos essas atitudes na Betesda, e tantas outras, inclusive do Gondim, enquanto for assim, eu também me coloco do lado do lado dos não-evangélicos, mas seguidores de Jesus e da Bíblia.
Bruno, garoto visionário!
ResponderExcluirParabéns!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSeu filho mandou muito bem!!!!
ResponderExcluirParabéns Bruno!
Winter
Pastor Eliel
ResponderExcluirDomingo passado falei com o pastor Ricardo Gondim , sobre uma mensagem sobre o Natal para passar para as minhas crianças(sou diretora de escola) e ele me disse que o Sr. tem uma linda mensagem sobre esse tema para procurá-lo, mas não estou conseguindo entrar em contato. Preciso muito. Por favor se puder me diga como conseguir essa mensagem. O email para contato é poetagoor@yahoo.com.br. Desde já agradeço.
Iracema