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A CONVERSÃO DA IGREJA - os efeitos do crescimento evangélico

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"pelo fruto se conhece a árvore". Existem cristãos dedicados na causa cristã que não veem suas vidas como mais preciosas do que a necessidade de salvação das pessoas. Uma entrega radical pela causa de Cristo, por amor ao Evangelho. Entretanto, nesse árduo caminho muitos se desviaram. Alguns pelo cansaço, outros engolidos pelo sistema. Há quem teve seu coração corrompido pela luxúria e ganância pelos melhores lugares e nomes mais conhecidos e como resultado alimentam uma "máquina de moer gente". Há ainda, aqueles que necessitados e carentes alimentam esse sistema corrupto e corruptor. Espero não ser apenas uma voz no deserto, mas que ecoe para dentro dos corações e todos sejamos mais zelosos pela verdade do Evangelho.

DESABAFO DE UM PASTOR BRASILEIRO CANSADO.

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Sempre fui uma pessoa cheia de esperanças. Sem falsa modéstia tenho boa resiliência. Já enfrentei situações das mais diversas, mas pela primeira vez sou tomado por um desânimo assustador. Confesso que hoje sou tomado por sentimentos que considero ruins.   Sinto vontade de me desligar da minha terra, do meu povo e  do meu lugar. Me sinto expatriado, não por mim mesmo.   Querer e trabalhar pelo bem parece não serem suficientes.   Como penso que o bem pode ser feito de outras formas, por outras vias e por concepções diferentes das usuais de boa parte dos compatriotas, sou expulso da minha brasilidade. Abrem a porta e dizem para eu ir morar em outro lugar.  Não sou reconhecido como brasileiro. Questionam meus interesses, minha nacionalidade, meu patriotismo, minha cidadania e minha sanidade mental para afirmarem que não sou bem vindo. Não tenho sido bem vindo entre muitos irmãos e irmãs de fé.   Não me consideram um cristão porque divirjo de alguns pensamentos. C

O VELHO NOVO MESSIAS

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( esse texto foi escrito originalmente em março de 2013 - repaginado) As bases para a intolerância, preconceito, sectarismo e outros valores do anticristo. Jesus deixou um aviso de que o mundo seria perigoso, haveria risco de morte, perseguição e pouco espaço para uma fé defensora dos fracos e oprimidos. Entretanto, a estatização da fé inverteu o jogo e, de fracos e oprimidos, os crentes passaram a fortes e opressores. Saltando o tempo desde Constantino, chegamos ao Brasil católico com imaturas tensões contra os protestantes. Herdeiros dos protestantes, evangélicos não sofreram estes embates, exceto na conflitante convivência entre protestantes e o movimento pentecostal. O apocalipsismo americano, do fim do século XIX, trouxe de forma contundente a ideia de que a fé seria provada pelas perseguições, apresentando quase como uma necessidade o ser perseguido como prova de se estar certo e no caminho correto, criando assim uma síndrome de perseguição e implantando as bases para

HOMICÍDIO - PUGNA THEOLOGICA 2

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Vamos pensar sobre um tema na Bíblia: HOMICÍDIO. Deus é contra ou a favor? Pela história de Israel invadindo povos estrangeiros e eliminado até as crianças, sob a égide do mandamento divino, poderíamos dizer que Deus é a favor. Pelos mandamentos dados a Israel poderíamos dizer que ele é contra. Pelas narrativas dos textos, evitando alguma ideia pré-concebida, poderíamos concluir o quê? Há um mandamento para se servir a Deus com integridade e verdade que diz “ não matarás ”. Há o imperativo para amar até mesmo os inimigos. Encontramos, também, nas páginas da Bíblia, histórias como a de Davi que “ matou dez milhares [1] ” apenas para casar-se com a filha do rei. Por outro lado, há a narrativa de quando Davi quis construir o Templo para agradar a Deus, o profeta ter lhe entregue uma mensagem, da parte de Deus, que ele não poderia construí-lo por haver cometido assassinatos  [2] . Estaria Deus zombando de Davi ao ordenar uma matança e depois acusá-lo de matador?

Cidadão de qual reino?

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Nasci e me tornei um cidadão do mundo. Cresci e decidi ser um cidadão celestial.   Por cidadão celestial, compreendo  ser aquela pessoa  que escolhe viver  o chamado do “Reino de Deus”, e no caso,  seu s  "ministro s"  não age m  com as mesmas “armas” dos reinos desse mundo. Pertencer ao Reino de Deus é trilhar seu modo de vida pelos valores apreendidos com Cristo. Reger as relações humanas e sociais por esses valores, cuja  síntese  é  “amar a Deus acima de tod a s as coisas  e ao próximo como a ti mesmo”, c ompreendendo que não existe nenhum amor a Deus, se não existir o amor ao próximo. Reino de Deus não se faz com discurso, e menos ainda com  bases que  aniquilem ou anulem o  próximo, mesmo que seja um inimigo. Reino de Deus é um processo de  contagiar toda a  sociedade com o  amor, por isso a  ordem de  Jesus para  “ amar  a os inimigos e orar pelos que  perseguem”. No Reino de Deus, que é também chamado de "Reino do Filho de Seu Amor",

Uma proposta para Igrejas.

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Conhecer bem as escrituras não é o maior desafio teológico do pregador, mas sim torná-la acessível e aplicável. De que adianta um profundo conhecimento se a vida daqueles que ouvem as mensagens não experimenta Deus? Quando alguém se volta para a igreja, deseja avidamente suprir suas carências, aliás, anelo legítimo, válido e que deve ser buscado.  O problema surge no descompasso entre a crença na possibilidade de se concretizar a idealização da vida e, de fato, a realidade da vida tal qual se apresenta. Todo discurso tem seus limites.  Neste caso, o da divina providência em que Deus é apresentado com uma resposta para tudo, mais cedo ou mais tarde, diante da realidade que se impõe, além de não dar muito sentido, não corresponde aos anelos da alma e instaura o incômodo vazio que gera a frustração. Por outro lado, um discurso que expõe a natureza própria da existência em meio a aflições, por mais honesto, crítico e analítico que seja, não é suficiente para tornar

A Ditadura e Eu

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Eu não fui vítima direta do golpe de 64.  Ninguém da minha família e nem mesmo conhecido, que eu saiba, foi torturado. Minha igreja, minha escola, meus professores, minha cidade, minha família, concordava com os posicionamentos oficiais do governo. O Marechal de Messejana, fazendo uma “esterilização política” era um organizador nacional que estava colocando a casa em ordem. Comunistas precisavam de surra para aprender a boa educação. Nada melhor do que a polícia para educá-los, afinal, a polícia foi feita para os maus, e esses deveriam ter medo. Nós não. Estávamos do lado do bem. Da Ordem e do Progresso. A formação política na escola era através de duas matérias: a E ducação M oral e C ívica e a O rganização S ocial, P olítica B rasileira. Antes de entrar para as aulas, todos perfilados, cantando hino da escola, da pátria, da bandeira, da independência. Dia 07 de setembro, com parada militar, era o grande evento e nós desfilávamos também com as bandas marciais das