MATAR OU MORRER PELA VERDADE?
Para um amigo . Lusco-fusco do dia, o fogo crepitante projeta a luz na face dos pescadores e cria um limiar para a sombra da noite que os envolve como um manto suave. Volto ao passado e ouço entre os titubeantes murmúrios, Pedro em um sobressalto, fazer sua contundente declaração mais anticlerical possível de seu tempo: - “ Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo ”. Mal sabia o pobre pescador que esta conversa informal, confessada em segredo, extrapolada o pequeno grupo, causaria a morte violenta de todos. Menos um! De volta ao futuro, vejo-me em minha igreja, ombreado por um amigo, que entre livros e com o arroubo de um idealista esperançoso por transformações radicais diz como que um trocadilho: - “ O único Deus conhecível é um homem ”. Atordoado, com esta declaração intrigo-me em minha mente. Eu, alguém de um Tempo sempre Pós; concílios, sínodos, postulados e credos, sei que nEle habita corporalmente toda plenitude . Não cabe pensar no Deus invisível, inacessível e outros “vels” mais,